sábado, 21 de agosto de 2021

Nunca estaremos a salvo

Foto de Paula Bronstein - Getty

 

E agora? O que virá além de tudo? O que dizer às crianças? O que pensar ...
Esse ninho provisório que reúne o que nos sobrou é tão vulnerável quanto a qualidade daquilo que nos resta. O que nos resta? 

Uma madona contemporânea afegã e seus filhos. Os olhos dos três me parecem vazios, exaustos. O que conforta as crianças é o corpo da mãe, que ainda os tem por perto. Até quando? Sob quais condições?

A imagem tem uma beleza mais que triste, desalentadora. São células plásticas em espera, guardando vidas sem conseguir protegê-las.

Nunca estaremos a salvo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário