domingo, 19 de julho de 2015

Pra gente se familiarizar com o Plano de Parto



Ainda não pude ir à exposição "Sentidos do nascer", que está lá na Praça Tiradentes (RJ), mas o site da mostra disponibiliza para download a Cartilha da gestante da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. E lá está incluído o plano de parto, novidade com a qual precisamos nos familiarizar.

Bom domingo!

domingo, 12 de julho de 2015

Ouvindo Badinter

Acho que todo mundo tem a tendência de querer depositar sua confiança em um depoimento, em uma frase ou em uma pessoa.

Uma vez, em um curso que frequentei do Prof. José Maria Gomes (IRI-PUC), fiquei absolutamente surpresa com os argumentos empregados pelos alunos para questionar produções de autores que eu havia recebido como perfeitas, geniais, absolutamente conclusivas.

E me encantei com esse questionamento, que demonstra a relatividade das ideias e de suas interpretações. As coisas são complexas demais pra serem resumidas em uma só opinião. As reflexões, os textos, as ideias servem, isso sim -eu pensei- pra nos fornecer subsídios pra tentar conviver com essa sua complexidade.

Digo isso porque ontem assisti com calma à entrevista que Elisabeth Badinter, autora do livro "O mito do amor materno", deu a Betty Milan, publicada no site da Revista Veja.

Eu não consegui concordar ou me identificar, como mulher e mãe, com cerca de 50% do que ela disse.

E senti muita, mas muita falta mesmo, de considerações sobre os evidentes malefícios provocados pela indústria de leites artificiais e mamadeiras. Porque há ideias, mas há também fatos, como o adoecimento e a morte de 1 milhão e 300 mil bebês anualmente em todo o mundo, expostos a tais produtos, em índice da OMS. Fatos esses respaldados pelas incontáveis pesquisas, por uma aliança internacional, por redes de monitoramento desse comércio e por muitas explicações disponíveis pra todos nós na internet e na vida.

Bom, vale assistir.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Um ciclo



























































































Depois de um tempo sem postar, pretendo a partir de hoje recuperar o ritmo do blog convidando a todos para pensarem um pouco sobre os ciclos. Eles estão aí, se exibindo sem reserva, mas tantas vezes temos a atenção roubada por detalhes que nos exigem o close, o que nos impede a visão mais ampla daquilo que vivemos.

Eu fiz essa história em quadrinhos nos anos 90, pra inscrevê-la em um concurso. O trabalho nem foi selecionado. Como faço com tudo o que realizo, eu o guardei muito bem guardado. Tão bem guardado que nunca mais o encontrei, apesar de buscá-lo com afinco por mais de uma vez.

Bom, eu estaria mentindo se dissesse que o encontrei esses dias por algum tipo de "milagre" ou "sinal", porque o que fiz mesmo foi procura-lo com a determinação de quem , dessa vez, precisava muito encontrá-lo.

Rever essa sequência tão simples de desenhos é pra mim um brinde ao ciclo de vida de minha mãe, encerrado no dia 11 de maio deste ano.

Acho que todos sabem o que é um luto. Já passei por luto de avós, de grandes e queridos amigos, de pai postiço, mas luto de mãe, apesar de ser de uma densidade singularíssima, pode ser um luto diferente. Porque desvela sem reservas um dos mais evidentes ciclos da natureza: nascer, gerar e morrer, deixando em cada filho a promessa de inauguração de novos ciclos.

(Olhando agora eu percebo que os cirurgiões lá do início da historinha estão meio démodé, e que acabei representando a TV Globo no quadrinho da televisão).

Enfim, o que tem me protegido nessa fase é o calor gostoso das amizades e a percepção daquelas coisas ao mesmo tempo simples e de insuperável beleza que tendem a "passar batido" por nós no dia-a-dia.

Essa herança ela me deixou.