segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Lançamento em Porto Alegre de "Amamentação e o desdesign da mamadeira"



É com muita alegria que comunico o lançamento de meu livro em Porto Alegre, na UFRGS, campus Centro. A ocasião contará com a abertura do pediatra e professor Dr. Roberto Issler.

Será um prazer poder encontrar aqueles a quem já conheço e também vir a conhecer leitores do blog.

Até lá!

domingo, 17 de agosto de 2014

Jogo dos sete erros



O ano?
1989

O que é?
Um cartaz que fiz pra orientar as avós de minha filha quanto à rotina do bebê enquanto eu estivesse trabalhando (na época eu fazia o design gráfico do livro "Itaipu Hydroelectric Project", na sede da Itaipu Binacional do Rio, batendo ponto e o escambau).

Como foi recebido?
Mal recebido, pois as avós diziam não ser absolutamente necessário qualquer tipo de orientação, já que "dominavam o riscado".

Quantos meses tinha Adélia?
Quatro meses. Eu voltava a trabalhar depois da licença maternidade.

Então, vamos aos erros?
1) Suco de laranja lima (o leite materno tem tudo o que o bebê necessita, não é preciso nem dar água quando a amamentação é exclusiva e sob demanda);
2) A primeira mamadeira, logo após o banho (eu poderia ter ordenhado meu leite para ser dado ao bebê num copo);
3) As gotas de vitamina, depois da mamadeira (isso é medicalização. O leite materno tem tudo de que o bebê necessita);
4) A maçã raspada (idem erro 1);
5) A outra mamadeira (idem item 2);
6) As outras gotas de vitamina (idem item 3);
7) A minha ignorância.

E acertos? Tem acertos? Felizmente tem um: eu voltava do trabalho, do Centro para a Fonte da Saudade, na hora do almoço. Amamentava minha filha e retornava ao Centro. Assim meu leite não secou e pude seguir com o aleitamento até os 11 meses e meio de Adélia.

O que aconteceu, de verdade?
Ela não aceitava a mamadeira. Chorava, gritava, esperneava. Todo dia, ao chegar em casa, descia do ônibus e avistava - ao longe- aquela dupla avó-neta na entrada do meu prédio.

Seria lindo e romântico se essa história terminasse assim, né? Mas não termina...

As avós, depois de um tempinho, foram substituídas por babás, que não tinham nem um vigésimo da paciência. Tanto se fez que o bebê aceitou a mamadeira. Mas vomitava tudo, principalmente à noite, logo depois de beber.

Médicos, refluxo? Céus, o que há de errado?

Ignorância mesmo. Eu tinha leite de sobra. O copinho solucionaria todo o problema...

Efeitos?, consequências?
Asma (tudo bem que a responsabilidade sobre isso pode não ser exclusiva da mamadeira e do leite em pó, mas eles ajudaram) e aparelho ortodôntico na adolescência.

Algo me tranquiliza?
Sim. Minha filha tem 25 anos e está devidamente informada para não repetir os meus erros.


sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Design, linguagem, lindos cartazes

Eu sei que a campanha "Madrinhas da Amamentação" tem o seu valor e a sua eficácia. Mas como já disse aqui, acredito que outras linguagens devam ser buscadas, que um cartaz só por ano não dá conta do recado, que ao invés de mostrar sempre belas fotos posadas, a realidade da chegada de um bebê nas famílias deve ser abordada pra que todo mundo possa conseguir se identificar.

Por isso publico aqui a série de cartazes da OMS/Unicef para este ano. Lindos, vários, completos, comunicativos, delicados, sérios, dando informação da melhor qualidade sobre o assunto: