sábado, 22 de abril de 2017

Alegrestristes



É como uma noite com sol, como uma seca umidade, uma escuridão brilhante.

Chegar aos 50, 60 anos, e ir além é assim: uma bipolaridade entre a alegria e a dor. Um crescer sem expandir de tamanho.

Já se passou por tanta coisa ... do nascimento à infância, adolescência e o tempo de ter filhos, de vê-los crescer, sofrer e às vezes vê-los morrer. De temer por eles ao saber que não há como protegê-los pra sempre.

Tempo de ver nossos pais envelhecendo até que morram. E tempo de assistir a vida brotando, nos filhos dos filhos, nos filhos dos amigos dos filhos, sobrinhos, jovens amigos. Tempo de ver no olhar de companheiros da mesma idade o amor vibrante por seus netos.

E tempo de perder amigos, prematuramente, impiedosamente acometidos por doenças.

Tempo de valorizar cada dia, de recomendar que os queridos se cuidem, de rezar por todos eles. Porque sabemos, sabemos que caminhamos sobre um fio fino, que exercitamos a arte de nos equilibrar sobre ele, desde a primeira respiração.

Por isso a importância de respeitar nossa chatice; por isso ficamos alegres/tristes ao mesmo tempo.

Amor pelos que se vão. Amor pelos que chegam.


segunda-feira, 3 de abril de 2017

Evento bacana



Na tarde do último sábado, fui ao evento Elas por Elas, aqui no Rio, promovido pelo O Globo. Estava interessada no debate sobre Amamentação em público e nas empresas, com a pedagoga Simone Carvalho, da Unicamp, a pediatra Elsa Giugliani, da UFRGS, e a nutricionista e apresentadora de TV Bela Gill,

A conversa foi muito produtiva, calcada na experiência e nas pesquisas de cada participante: o empoderamento feminino, a saúde materno-infantil, e a recente vivência da maternidade, respectivamente. Platéia cheia em um evento muito bem organizado, no Village Mall, na Barra da Tijuca, que eu achei super lindo e chic.

E acho que posso aplicar àquele momento a adaptação da frase "Mãe é tudo igual, só muda de endereço", porque as dúvidas a respeito da amamentação, os recursos caseiros empregados para curar fissuras etc. variam muito pouco quando se discute o assunto. Nossa, como é importante as pessoas conversarem sobre esse tema ... E como há o que se dizer, compartilhar...

Comentou-se sobra a retirada do leite materno para administrá-lo ao bebê posteriormente, sobre o processo de congelamento do leite e seu prazo de validade, além de muitos outros assuntos.

O público participava, e Daniela Tófoli, da Revista Crescer (mediadora), passou a elas uma pergunta sobre se haveria diferença entre usar a mamadeira ou o copinho.

Simone então disse: "_A mamadeira está em desuso", comentando que as pessoas vêm se informando e optando pela a amamentação, além de citar o impacto negativo do uso da mamadeira para o desenvolvimento facial da criança (arcada dentária, ouvidos). E Dra. Elsa detalhou a questão, dizendo que o copinho permite que o bebê sugue o leite com movimento de língua semelhante ao realizado no seio materno. Ambas comentaram que, ao contrário do que todos imaginam, bebês prematurinhos são plenamente capazes de se alimentar dessa forma, desde que seus cuidadores estejam treinados.

Daí, ganhei meu dia, e ainda encontrei com amigos (Aline Melo de Aguiar, Marcus Renato de Carvalho, Chris Nicklas e Simone Carvalho) e fizemos esse registro. Valeu!