sábado, 9 de setembro de 2017

A Via Láctea de Adriana Varejão



Hoje fui conferir a exposição de Adriana Varejão e Paula Rego na Carpintaria (Jardim Botânico - RJ), uma galeria de arte que merece ser visitada por sua localização - de frente para a pista de corrida do Jockey Club Brasileiro, pela qualidade de suas exposições e por ser um ambiente muito bonito e aprazível.

As obras de Paula Rego me chamaram a atenção, meio pintura e meio desenho. Vale muito conhecer.

Mas fiquei especialmente curiosa quando li em nota da coluna Gente Boa, na última terça-feira, sobre o trabalho Via Láctea, de Adriana Varejão. O texto descrevia que na pintura, que"reúne várias imagens de bebês sendo amamentados, uma das cenas mais impactantes é a de um homem que oferece um peito-mamadeira, acoplado ao seu, ao neném".

Eu diria que a artista representou, em linguagem delicada de azuis, uma tipologia muito impactante da alimentação de bebês. Desde o mito da fundação de Roma (a loba com Rômulo e Reno) à comentada cena do homem com o bico acoplado ao peito.

Relato agora em closes a obra em questão:








Importante ver a questão como tema na produção contemporânea de arte.

domingo, 3 de setembro de 2017

Mais e mais novidades ...

Há algum tempo eu não pesquisava os lançamentos de mamadeiras. Céus, isso não para!

E apesar de todos os esforços a nível mundial, liderados pela OMS, com a participação de mais de 190 países na aliança internacional de proteção à amamentação, a indústria prossegue lançando mais e mais novidades ...

Deparei com uma grande profusão de mamadeiras cor-de-rosa. Os dois primeiros fabricantes, Dr. Browns e Tommee Tippee, até então produziam modelos em material transparente, com detalhes em verde ou cinza -o que conferia ao produto um ar, digamos, mais "farmacêutico ou científico". Agora as mamadeiras assumem a faceta de "objeto do desejo" (o que na verdade nunca deixaram de ter) voltado para o segmento das bebês-meninas. E o último modelo tem como marca a expressão "Green Kid", praticando o chamado greenwashing: uma "lavagem verde" em produto que não é realmente verde, pois embora o corpo do produto seja em aço inoxidável (livre de BPA), ele prossegue sendo uma mamadeira, com todos os impactos negativos provocados pelas mamadeiras (formal, fisiológico, ambiental etc.).







Ainda em cor-de-rosa, esse modelo da MAM apela para o desejo de consumo ao transformar a graduação para volume de líquido em painel ilustrativo.





E esse post se encerra com a notícia de que a rede de televisão Al Arabiya documentou em matéria a recente "febre" de customização de mamadeiras e chupetas com materiais preciosos (ouro de até 24 quilates e diamantes) como uma declaração de riqueza dos pais ...




... além de sinalizar que tal recurso acaba saindo mais barato do que a compra dos modelos de luxo vindos de fábrica:



Inacreditável..., e fez lembrar a febre de costomização de chupetas que recentemente atingiu o Brasil, com strass e outras pedrinhas, que acabavam se soltando, sendo engolidas pelos bebês junto à cola tóxica empregada para afixá-las ao produto, provocando uma medida de proibição do INMETRO.





E durma-se com um barulho desses ....