Tantas coisas acontecendo e eu sem poder comentá-las aqui... Cabeça a mil, solicitações de muitos outros lados.
Nosso assunto são os filhos, os bebês e sua segurança, mas a vida é composta de tantas coisas que às vezes fica impraticável o foco em nossos maiores interesses.
Um dia, depois que a gente cresce - e até envelhece - os bebês têm que cuidar de suas mães. Eu cresci, envelheci, e estou tentando cuidar da minha. E como hoje nós duas fazemos aniversário de estarmos juntas nesse mundo, dedico a ela esse post.
Há 55 anos atrás, minha mãe relatou a mim ter sido acometida de um forte sentimento de solidão ao me dar à luz. Por não me ter mais dentro de si? Por se ver diante de uma nova realidade?
Só solidão mesmo, em suas múltiplas facetas. Essa coisa que marca a vida de cada um, da qual não adianta fugir, para a qual todo e qualquer remédio não aplaca, só alivia.
A palavra solidão tem um peso... mas hoje considero esse peso um tanto injusto. Ela não é fácil de se sentir, mas é reveladora, pois nos apresenta a pessoa com quem mais nos relacionaremos na vida, com quem poderemos sempre contar, aquela a quem estaremos ligados estruturalmente.
E é uma das coisas mais incríveis da vida a gente se sentir bem acompanhado por nós mesmos, cruas figuras, sem qualquer nota para a aparência; reais características, sem qualquer disfarce.
Então, além de dirigir esse pequeno post à minha mãe - a quem tenho dedicado minha maior atenção e meu maior zelo nesses últimos dias, o dedico também a todas as mulheres que, com a maternidade, seus sonhos e sua às vezes dura realidade, precisam fazer uma aliança consigo mesmas, a maior garantia de auto-respeito, de preservação de direitos, para seus filhos e para a sociedade.
Meu corpo, meu peito, minhas regras
Somos todas Adelir.
http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/24414-ato-contra-parto-forcado#foto-383146
E vejam entrevista com Adelir: http://www.cientistaqueviroumae.com.br/2014/04/uma-conversa-com-adelir-e-emerson-eu.html
Muito AMOR pra você e por você, Cristine!!!
ResponderExcluirQuantas saudades, Ana....
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