1. No domingo (17 jan), assisti ao programa Sem Fronteiras, da Globo News, sobre a captura de El Chapo, o barão mexicano do tráfico de drogas. Respondendo às perguntas do jornalista Jorge Pontual, um entrevistado informava que cerca de 400 mil empregos diretos -e no total mais de 1 milhão deles, indiretos- são gerados pela atividade do cartel chefiado por El Chapo. Fiquei pensando na quantidade de gente que vive e sustenta suas famílias exercendo esse tipo de atividade...
2. Poucos dias antes soubemos da indicação do longa-metragem de animação brasileiro O menino e o mundo, de Alê Abreu, ao Oscar de Melhor Filme de Animação Estrangeiro. Vejamos a sinopse do filme, publicada no AdoroCinema:
Um garoto mora com o pai e a mãe, em uma pequena casa no campo. Diante da falta de trabalho, no entanto, o pai abandona o lar e parte para a cidade grande. Triste e desnorteado, o menino faz as malas, pega o trem e vai descobrir o novo mundo em que seu pai mora. Para a sua surpresa, a criança encontra uma sociedade marcada pela pobreza, exploração de trabalhadores e falta de perspectivas.
3. Pelo último número da Revista do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), em matéria sobre a regulamentação da NBCAL (lei brasileira que regulamenta a comercialização de produtos que concorram com o leite materno), fico sabendo que o filme Tigers, de Emraan Hashimi, foi exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo em 2015. Cito trecho da sinopse publicada:
Baseado em fatos reais, o filme Tigers conta a história de Ayan, um paquistanês que consegue emprego na Nestlé para vender fórmulas artificiais que substituem o leite materno. Ele fica maravilhado com os benefícios que a empresa oferece, mas seu encantamento vai por água abaixo ao descobrir os problemas de saúde que o produto que promove causa em bebês: desnutrição, diarreia e mortes (Ana Paula Bortoletto, nutricionista e pesquisadora do Idec).
4. Daí me lembro da manchete principal do jornal Empregos & Estágios, com a qual deparo a cada vez que saio de casa, exposta com destaque do lado de fora da banca de jornais aqui do lado. Fiquei pensando na quantidade de gente que se animou com a oportunidade:
5. Então recebo pelo Facebook um link para matéria do Dr. Karleen Griblle, divulgada pelo site anthrolactology.com, que enumera motivos que levam mães que amamentam a deixar de fazê-lo em situações de emergência, diante das doações de fórmulas lácteas e mamadeiras que lhes é disponibilizada. Fiquei especialmente impactada com a informação de que é uma aspiração dessas mães oferecer aos seus filhos a fórmula e a mamadeira, produtos associados a status elevado e recomendados pela publicidade. Ao saberem que as organizações de ajuda os estão distribuindo, aproveitam a chance de usufruir de algo que não seriam capazes de obter por conta própria.
6. Pelo Facebook, também (e felizmente), tomo conhecimento do lançamento da Caderneta da Criança - Passaporte da Cidadania, lançada dias atrás pelo Ministério da Saúde. A ideia é que ela seja distribuída a todas as famílias de bebês nascidos na rede pública de saúde. E lá está dito muito do que sabemos sobre a importância da amamentação e os males provocados por seus substitutivos.
7. Por fim, volta e meia dou de cara com o anúncio do Leite Ninho em Pó Zero Lactose nos intervalos comerciais da TV. Essa coisa emocional, comovente, angaria consumidores confiantes...
Pra gente, resta decidir o que fazer, como fazer.
Acho que informação é essencial pra ajudar nessa tarefa. E também o senso de futuro.
Particularmente, confesso que meus dois neurônios -o Tico e o Teco- têm se esforçado muito pra dar conta de um barulho desses.
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