Transcrevo aqui um trecho bem expressivo pra esse momento:
Desde o começo da humanidade, as crianças, logo após o
nascimento eram postas ao lado de sua mãe. No começo deste século foi criado o
berçário, para proteger as crianças contra as infecções hospitalares. Após a
Segunda Guerra Mundial, pensava-se que a mamadeira era a melhor forma de
alimentação e esta era dada ao recém-nascido antes mesmo que ele saísse do
hospital, sem que se soubesse por exemplo, quase nada de imunologia nessa
época. E através do berçário, conseguiu-se interferir em uma coisa fundamental:
o relacionamento precoce entre mãe e filho. […] Logo após o bebê nascer, alguém
o enxuga, retirando todo o líquido amniótico e o verniz caseoso, cuja função é
a de proteger e hidratar a pele sensível do recém-nascido. Em alguns hospitais,
dá-se um banho de chuveiro, aspira-se o bebê com uma sonda, vira-se o bebê para
todos os lados e, se ele não chora vigorosamente logo após o nascimento, ainda
recebe umas palmadas, pesa-se, mede-se. (Citando Martins) Em alguns casos, num
arroubo de preocupação afetiva, tem-se o cuidado de mostrar a criança rapidamente
à mãe, que tenta desesperadamente, durante breves momentos, olhar seu bebê...
[…] É então levado ao berçário, onde são feitos os registros de suas condições
físicas e recebe uma pulseira com o número que o identifica. A única coisa que
não fazem é levar a criança para ser amamentada. (Araújo, 1997, p. 41-43)
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